Xi e Kim se reúnem em Pequim após seis anos

Pequim, Província de Pequim, China — 5 de setembro de 2025, Xinhua News Agency – O presidente chinês Xi Jinping e o líder norte-coreano Kim Jong Un realizaram um encontro diplomático no Grande Salão do Povo, em Pequim, no dia (4), marcando a primeira cúpula entre os dois desde junho de 2019. A reunião ocorre em um momento de reconfiguração geopolítica e reafirmação de alianças estratégicas na Ásia.

Durante o encontro, Xi Jinping expressou o desejo de fortalecer os laços tradicionais entre os dois países vizinhos, destacando a importância da cooperação estratégica para proteger interesses comuns diante de desafios internacionais e regionais.

“China e Coreia do Norte são bons vizinhos, bons amigos e bons camaradas que compartilham o mesmo destino e se apoiam mutuamente”, declarou Xi.

Kim Jong Un respondeu com entusiasmo, afirmando que a amizade entre os povos permanecerá inalterada, independentemente das mudanças no cenário global. Ele também manifestou interesse em ampliar a cooperação econômica e comercial com a China.

“É nossa vontade firme aprofundar e desenvolver continuamente os laços bilaterais com a China”, afirmou Kim.

Na véspera do encontro, Kim participou de uma série de eventos em Pequim, incluindo um desfile militar que contou com a presença de Xi Jinping e do presidente russo Vladimir Putin. A ocasião foi marcada pela celebração dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com demonstrações de poder militar e presença de líderes de 26 países.

Analistas apontam que a reunião entre Xi e Kim serve como demonstração de solidariedade entre Pequim e Pyongyang, especialmente diante da possibilidade de um novo encontro entre Kim e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Coreia do Norte, que recentemente tem estreitado relações com Moscou, busca reafirmar sua parceria histórica com a China.

O gesto diplomático reforça a posição da China como mediadora regional e parceira estratégica da Coreia do Norte, em um momento em que ambos os países enfrentam pressões externas e buscam consolidar sua influência no cenário internacional.