Reino Unido Canadá Austrália Portugal reconhecem Palestina

Londres, Inglaterra, Reino Unido — 22 de setembro de 2025 — Reuters – Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal anunciaram no dia (21) o reconhecimento oficial do Estado da Palestina, em um movimento diplomático coordenado que reacende o debate sobre a solução de dois Estados e intensifica a pressão internacional sobre Israel. O anúncio ocorre em meio ao agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu que Israel interrompa sua ofensiva militar em Gaza e classificou o grupo Hamas como organização terrorista. Em vídeo divulgado ao público, Starmer afirmou que a esperança por uma solução de dois Estados está se apagando, mas que não se pode permitir que essa luz se extinga.

“A esperança por uma solução de dois Estados está se esvaindo. Mas não podemos deixar essa luz se apagar”, declarou Starmer.

Israel reagiu com veemência, acusando os países de recompensarem o terrorismo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que um Estado palestino não será estabelecido a oeste do rio Jordão e prometeu uma resposta após seu retorno dos Estados Unidos.

A conferência internacional sobre a implementação da solução de dois Estados está prevista para ocorrer no dia (23) na sede da ONU, em Nova York, sob liderança de França e Arábia Saudita. A expectativa é de que mais países anunciem reconhecimento formal durante o encontro.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, celebrou o gesto como um passo essencial para garantir o direito à autodeterminação, liberdade e independência do povo palestino. Ele defendeu que o reconhecimento pavimenta o caminho para uma convivência pacífica entre Palestina e Israel.

“O reconhecimento é um marco para a paz. Mas nossas prioridades imediatas são o cessar-fogo em Gaza, ajuda humanitária e fim das ocupações”, afirmou Abbas.

Com mais de 140 países já reconhecendo a Palestina, o movimento liderado por quatro nações ocidentais representa uma virada simbólica na política externa do bloco, tradicionalmente alinhado a Israel. A decisão amplia o isolamento diplomático de Tel Aviv e reacende o debate sobre os caminhos possíveis para uma paz duradoura no Oriente Médio.