Protesto anti-imigração reúne 110 mil em Londres

Londres, Inglaterra, Reino Unido — 15 de setembro de 2025 Reuters – Mais de 110 mil pessoas participaram da marcha “Unite the Kingdom” no centro de Londres no dia (13), em um dos maiores protestos anti-imigração já registrados no país. Organizado pelo ativista de extrema-direita Tommy Robinson, o ato reuniu manifestantes com bandeiras britânicas e cartazes com frases como “Mandem-nos para casa” e “Salvem nossas crianças”.

A manifestação ocorre em meio ao crescente debate sobre o uso de hotéis para abrigar solicitantes de asilo. Segundo dados oficiais, cerca de 30 mil refugiados estão hospedados em 200 unidades na Inglaterra e no País de Gales. A tensão aumentou após um caso de agressão sexual envolvendo um solicitante de origem etíope em Essex, no mês de julho (13), que desencadeou protestos em diversas regiões.

“A maioria silenciosa deixará de ser silenciosa. Hoje é o início de uma revolução cultural,” declarou Robinson à multidão.

O bilionário americano Elon Musk também participou do evento por videoconferência, afirmando que a “migração descontrolada está destruindo o Reino Unido” e pedindo a dissolução do atual parlamento britânico. A fala foi recebida com aplausos por parte dos manifestantes.

A marcha terminou em confronto com a polícia, que tentou conter o avanço dos participantes para áreas não autorizadas. Garrafas, sinalizadores e outros objetos foram lançados contra os agentes, deixando 26 policiais feridos. Ao menos 25 pessoas foram presas por comportamento violento.

“Devemos ser solidários com os requerentes de asilo e mostrar que estamos unidos,” afirmou Diane Abbott, participante da contra-manifestação.

Enquanto isso, cerca de 5 mil pessoas participaram de um contraprotesto organizado pela Stand Up To Racism, com cartazes dizendo “Refugiados são bem-vindos” e “Parem a extrema-direita”. A polícia montou uma zona de contenção para evitar o encontro entre os dois grupos.

Em resposta à escalada de tensões, o governo britânico anunciou que pretende reduzir gradualmente o uso de hotéis para abrigar migrantes, buscando alternativas mais sustentáveis e menos controversas. A medida será debatida no Parlamento nas próximas semanas.