Motegi oficializa candidatura à liderança do PLD no Japão

Tóquio, Província de Tóquio, Japão — 10 de setembro de 2025 Yomiuri Shimbun – O ex-secretário-geral do Partido Liberal Democrático (PLD), Toshimitsu Motegi, anunciou oficialmente no dia (10) sua candidatura à presidência da legenda, após a renúncia do primeiro-ministro Shigeru Ishiba. A eleição interna está marcada para o dia (4) de outubro e definirá o novo líder do partido que governa o Japão há décadas.

Esta será a segunda tentativa de Motegi de assumir o comando do PLD. Aos 69 anos, o político declarou que o partido enfrenta “a maior crise desde sua fundação” e que pretende liderar um processo de recuperação tanto para a legenda quanto para a economia japonesa nos próximos dois anos.

“Quero construir um caminho de crescimento que garanta salários acima da inflação e prepare o país para a próxima geração,” afirmou Motegi.

Entre suas propostas, destaca-se um plano de subsídios trilionários que seriam distribuídos aos governos locais com liberdade de aplicação. A medida visa estimular a economia regional e combater os efeitos da inflação, que tem pressionado o custo de vida no arquipélago.

Com o PLD e seu aliado Komeito em situação minoritária nas duas câmaras do Parlamento, Motegi também sinalizou a intenção de formar uma nova coalizão. Ele mencionou o Partido da Inovação do Japão e o Partido Democrático para o Povo como possíveis parceiros em um acordo baseado em políticas comuns.

A campanha oficial começa no dia (22), e outros nomes devem confirmar participação nos próximos dias. Entre os cotados estão Sanae Takaichi, nacionalista conservadora, e Shinjiro Koizumi, atual ministro da Agricultura. O vencedor da disputa interna será indicado ao cargo de primeiro-ministro, sujeito à aprovação parlamentar.

“O Japão precisa de liderança estável e visão estratégica para enfrentar os desafios internos e externos,” declarou Motegi.

A eleição ocorre em meio a um cenário de incerteza política, com queda de popularidade do governo e pressão por reformas econômicas. A escolha do novo líder poderá redefinir os rumos da política japonesa nos próximos anos.