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KP Sharma Oli deixa o cargo em meio à pressão popular e crise política provocada por denúncias de corrupção

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Katmandu, Província Central, Nepal — 9 de setembro de 2025 Reuters – O primeiro-ministro do Nepal, KP Sharma Oli, anunciou sua renúncia no dia (9) após uma onda de protestos anticorrupção que se espalhou por diversas cidades do país. A decisão ocorre em meio à crescente pressão popular e ao desgaste político provocado por denúncias envolvendo membros do governo e contratos públicos.

A renúncia foi formalizada durante reunião extraordinária do gabinete, após confrontos entre manifestantes e forças de segurança em Katmandu e Pokhara. Os protestos, iniciados no final de agosto, ganharam força com o apoio de estudantes, sindicatos e organizações civis, que exigiam transparência e responsabilização por supostos desvios de verbas em projetos de infraestrutura.

“Ouvi a voz do povo e decidi deixar o cargo para preservar a estabilidade nacional e permitir uma nova liderança,” declarou Oli em comunicado oficial.

KP Sharma Oli, que ocupava o cargo desde 2020, enfrentava críticas por sua gestão centralizadora e pela falta de avanços em reformas institucionais. A crise se agravou após denúncias envolvendo contratos de obras rodoviárias e fornecimento de equipamentos médicos durante a pandemia.

O Parlamento nepalês deverá iniciar nos próximos dias o processo de sucessão, com expectativa de formação de um governo interino até a convocação de novas eleições. Partidos da oposição já articulam alianças para apresentar um nome de consenso que possa conduzir o país em meio à instabilidade.

“A renúncia de Oli é um reflexo da força da sociedade civil e da urgência por mudanças estruturais no Nepal,” afirmou um analista político local.

A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos, especialmente países vizinhos como Índia e China, que mantêm interesses estratégicos na região. Organizações de direitos humanos também pedem que o novo governo priorize medidas anticorrupção e o fortalecimento da democracia.

SourceNHK

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