Japão identifica 72 km de esgoto com risco estrutural urgente

Tóquio, Província de Tóquio, Japão — 18 de setembro de 2025 Kyodo News – O Ministério da Infraestrutura do Japão divulgou no dia (17) os resultados de uma série de inspeções emergenciais em sistemas de esgoto, revelando que cerca de 72 quilômetros de tubulações subterrâneas em 71 municípios apresentam corrosão severa e rupturas. As áreas afetadas estão distribuídas por 35 províncias e exigem medidas corretivas dentro de um ano para evitar riscos à segurança pública.

A ação foi motivada pelo desabamento de uma via em Yashio, próximo a Tóquio, ocorrido em janeiro, quando uma cratera engoliu um caminhão. Especialistas apontaram que o colapso foi causado pela deterioração de uma tubulação corroída por gás sulfídrico proveniente de águas residuais.

“Os resultados mostram que há trechos com estrutura semelhante à de Yashio, e que precisam de intervenção imediata,” afirmou um porta-voz do ministério.

Entre as províncias mais afetadas, Aichi lidera com aproximadamente 14 quilômetros de tubulações comprometidas, seguida por Ibaraki com 10,5 quilômetros e Osaka com cerca de 9,5 quilômetros. Além disso, foram detectadas anomalias em outros 225 quilômetros de tubulações em 83 municípios, que devem ser reparadas dentro de cinco anos.

As medidas recomendadas incluem preenchimento de fissuras, instalação de novos tubos dentro das estruturas existentes e aplicação de revestimentos resistentes à corrosão. O governo japonês planeja oferecer suporte técnico e financeiro às prefeituras para acelerar os reparos.

“Estamos lidando com uma infraestrutura envelhecida. A prioridade é evitar novos acidentes e garantir a segurança das cidades,” declarou um engenheiro envolvido na operação.

O Japão possui cerca de 490 mil quilômetros de tubulações de esgoto, muitas delas instaladas durante o período de crescimento econômico pós-guerra. A expectativa é que até 2040, mais de 30% dessas estruturas estejam obsoletas, exigindo investimentos contínuos em manutenção e modernização.

O ministério solicitou que os resultados das inspeções em outras áreas sejam entregues até fevereiro de 2026, com foco em regiões urbanas densamente povoadas e sistemas próximos a estações de tratamento.