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Japão debate destino do solo descontaminado de Fukushima

Ministério do Meio Ambiente promove encontro para ampliar compreensão pública sobre reutilização do solo radioativo

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Tóquio, Província de Tóquio, Japão — 6 de setembro de 2025 NHK – O Ministério do Meio Ambiente do Japão realizou um painel público para discutir o futuro do solo removido durante o processo de descontaminação após o acidente nuclear de Fukushima Daiichi, ocorrido em março de 2011. O encontro, realizado no dia (5) em Tóquio, reuniu cerca de 50 participantes selecionados por meio de inscrições abertas.

Atualmente, milhões de metros cúbicos de solo com baixo nível de radioatividade estão armazenados em instalações intermediárias na província de Fukushima. A legislação japonesa determina que todo esse material deve ser descartado fora da província até 2045.

“O plano de redistribuição do solo é baseado na ideia de que a responsabilidade deve ser compartilhada por todo o país,” afirmou um representante do ministério.

O governo pretende utilizar parte desse solo em obras públicas, como aterros e projetos de infraestrutura, para reduzir o volume destinado ao descarte final. A proposta, no entanto, gerou opiniões divergentes entre os participantes do painel.

Alguns sugeriram que os líderes municipais de outras regiões deveriam visitar Fukushima para compreender melhor a situação. Outros destacaram a necessidade de ampliar a divulgação de informações, já que muitos cidadãos desconhecem os detalhes do processo.

“Fukushima não deve arcar sozinha com esse peso, mas é preciso garantir que as informações sobre segurança sejam confiáveis,” disse um morador da província de Chiba.

Também houve preocupações sobre os riscos de transportar o solo para outras localidades, especialmente em relação à confiança nas informações fornecidas pelo governo e pela operadora da usina nuclear.

O Ministério do Meio Ambiente informou que os detalhes da discussão serão publicados em seu site oficial, como parte dos esforços para promover transparência e engajamento público no processo de reconstrução e gestão ambiental.

SourceNHK

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