Tóquio, Província de Tóquio, Japão — 8 de setembro de 2025 NHK – O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, anunciou sua renúncia ao cargo no dia (7), encerrando um mandato de 11 meses marcado por derrotas eleitorais, pressão interna e negociações comerciais com os Estados Unidos. Em coletiva de imprensa, Ishiba afirmou que não participará da eleição extraordinária do Partido Liberal Democrata (PLD), prevista para os próximos dias.
A decisão ocorre após o fim das negociações sobre tarifas americanas, que Ishiba classificou como uma “crise nacional”. O acordo firmado na semana passada reduziu as taxas de importação de veículos japoneses de 25% para 15%, em troca de um pacote de investimentos de US$ 550 bilhões no mercado americano.
“Disse desde o início que não me agarraria ao cargo. Agora que cumpri o que precisava, é hora de passar o bastão,” declarou Ishiba.
A renúncia foi motivada também pela crescente divisão interna no PLD, que perdeu a maioria nas duas casas do Parlamento nas eleições de julho. A possibilidade de uma disputa prolongada pela liderança poderia aprofundar o racha partidário, segundo o próprio premiê.
Líderes da coalizão governista lamentaram a saída. A ex-ministra da Defesa, Tomomi Inada, afirmou que a decisão foi difícil, mas necessária para preservar a unidade. Já Saito Tetsuo, do partido aliado Komeito, destacou os esforços de Ishiba em buscar consenso com a oposição.
Na oposição, Noda Yoshihiko, do Partido Democrático Constitucional, alertou para o risco de um vácuo político em meio à alta dos preços. Tamaki Yuichiro, do Partido Democrático para o Povo, criticou o atraso na renúncia e pediu agilidade na escolha do novo líder.
“O partido precisa encerrar esse impasse e focar em medidas contra a inflação e o custo de vida,” disse Tamaki.
Nas ruas de Tóquio, a reação foi mista. Enquanto alguns lamentaram a saída precoce, outros apontaram falta de resultados e esperam por um líder mais eficaz. A sucessão deve ser definida em outubro, com nomes como Sanae Takaichi e Shinjiro Koizumi despontando como favoritos.
Ishiba permanecerá no cargo até que o novo presidente do PLD seja escolhido. Ele afirmou que continuará cumprindo suas funções com responsabilidade e pediu compreensão à população diante da decisão.
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