Giorgio Armani morre aos 91 e deixa legado na moda

Milão, Região da Lombardia, Itália — 6 de setembro de 2025 Agence France-Presse (AFP) – O mundo da moda perdeu um de seus maiores ícones. Giorgio Armani, estilista italiano reconhecido internacionalmente por sua estética refinada e revolucionária, faleceu aos 91 anos, conforme comunicado oficial divulgado no dia (4) pelo grupo que leva seu nome.

Nascido em 1934 no norte da Itália, Armani fundou sua própria casa de moda nos anos 1970 e rapidamente se tornou referência global em elegância discreta. Suas criações redefiniram o conceito de alfaiataria, com cortes limpos e tecidos fluidos que conquistaram tanto o prêt-à-porter quanto a alta-costura.

“Giorgio Armani construiu uma visão que transcendeu a moda, antecipando os tempos com clareza e pragmatismo extraordinários,” declarou o grupo Armani.

Além das passarelas, Armani deixou sua marca no cinema. Em 1980, desenhou os figurinos do filme “Gigolô Americano”, estrelado por Richard Gere, e desde então passou a vestir estrelas de Hollywood em produções e tapetes vermelhos. Sua relação com o Festival de Veneza e com nomes como Cate Blanchett, Megan Fox e Leonardo DiCaprio consolidou sua presença na sétima arte.

Nos últimos meses, Armani havia se ausentado dos desfiles da Semana de Moda Masculina de Milão, em junho, por motivos de saúde. Mesmo afastado, seguia envolvido nos projetos da marca, que hoje emprega milhares de pessoas e mantém presença global em diversos segmentos, como hotelaria, decoração e cosméticos.

“Senhor Armani não era apenas um designer, era um mentor, um ícone e uma fonte de inspiração infinita,” escreveu a modelo Alessandra Ambrosio em homenagem.

O funeral será realizado de forma privada em Milão, e uma câmara funerária será aberta ao público nos dias (6) e (7). Sem filhos, Armani deixa como sucessores os gestores indicados por ele e uma fundação criada para preservar seu legado e valores.