Pequim, Província de Pequim, China — 2 de setembro de 2025 — Xinhua – A China realiza nesta semana um desfile militar de grande escala em Pequim, reunindo líderes de países membros da Organização de Cooperação de Xangai (Shanghai Cooperation Organization – SCO), incluindo o presidente russo Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o líder norte-coreano Kim Jong-un. O evento ocorre após o encerramento da cúpula da SCO na cidade de Tianjin, onde foi anunciada a Declaração de Tianjin, documento que reforça o compromisso dos países com o multilateralismo comercial e a cooperação em segurança, energia e combate ao terrorismo.
O desfile, marcado para o dia (4), celebra os 80 anos da vitória da China sobre o Japão no fim da Segunda Guerra Mundial. A cerimônia será realizada na Praça Tiananmen, símbolo histórico e político do país, e contará com a exibição de armamentos de última geração, incluindo mísseis e tanques desenvolvidos pela indústria militar chinesa.
“A China está pronta para liderar uma nova era de governança global, baseada na cooperação e no respeito mútuo”, declarou o presidente Xi Jinping durante a cúpula.
A Declaração de Tianjin também condena ações unilaterais coercitivas, em referência indireta às políticas tarifárias dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que os países da SCO estão unidos em defesa de uma economia global aberta e contra o “bullying unilateral”.
“O desfile militar é uma demonstração de força, mas também de unidade entre nações que buscam estabilidade em tempos de tensão internacional”, comentou um analista político local.
A SCO, criada em 2001, reúne países estratégicos da Ásia e da Eurásia, como China, Rússia, Índia, Irã, Paquistão e várias nações da Ásia Central. A presença simultânea de líderes com interesses muitas vezes divergentes reforça o papel da China como articuladora de um novo eixo diplomático fora da influência ocidental.
O desfile militar e os compromissos políticos desta semana consolidam a imagem da China como potência global não apenas econômica, mas também diplomática e militar, em um momento de crescente instabilidade geopolítica.
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