Declaração de Yokohama impulsiona parceria Japão-África na TICAD

Yokohama, província de Kanagawa, Japão, 23 de agosto de 2025, Kyodo News – A Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento da África (TICAD), liderada pelo Japão, reuniu durante três dias em Yokohama líderes de 49 nações africanas e do Japão para discutir planos de colaboração focados no progresso socioeconômico do continente africano. Ao término do evento nesta sexta-feira (22), foi adotada a Declaração de Yokohama, que traça diretrizes para o fortalecimento da parceria multissetorial entre as partes.

O primeiro-ministro japonês Ishiba Shigeru abriu a conferência destacando o potencial demográfico, de recursos naturais e humano da África, ressaltando a importância da cooperação mútua para transformar desafios em oportunidades concretas. Sua visão explicitou a intenção do Japão de contribuir para um crescimento sólido e sustentável que beneficie ambas as regiões.

“A África possui grande força em população, recursos e capital humano, com um potencial excepcional de crescimento. Superando desafios em conjunto, o continente prosperará, trazendo ganhos recíprocos ao Japão”, afirmou Ishiba Shigeru.

A Declaração de Yokohama ressalta como prioridade o fortalecimento dos sistemas agrícolas para garantir segurança alimentar estável, além do desenvolvimento de inteligência artificial segura e confiável. Entre os compromissos assumidos estão a expansão de programas de intercâmbio juvenil, o incentivo à formação de recursos humanos e o apoio à criação e consolidação de startups.

Outro ponto central da declaração é a melhoria da conectividade entre a África e outras regiões, com foco em investimentos estratégicos em transportes e logística, fundamentais para a integração comercial e desenvolvimento sustentável. O documento enfatiza, ainda, a exploração responsável de minerais críticos e a garantia de sua oferta estável no mercado internacional.

A cooperação também abrange o fortalecimento da saúde pública, especialmente no combate e prevenção de pandemias, e a ampliação das capacidades de previsão e preparação frente a desastres naturais. O compromisso com a boa governança, democracia e estado de direito é destacado como alicerce para o progresso sustentável do continente africano.