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Instituições financeira e governamental do Brasil implementam ações em prol do empreendedorismo feminino

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Osaka, província de Osaka, Japão, 28 de agosto de 2025, APEX – ApexBrasil e Banco do Brasil possuem programas para incentivar liderança feminina.

O Seminário “Intercâmbio de Empreendedorismo Feminino: Empoderamento e Autonomia Econômica” realizado pelo Pavilhão Brasil, na Expo 2025 Osaka, mostrou ações nas áreas profissional e social que já estão sendo realizadas com o intuito de diminuir os efeitos da não paridade de gênero. Esses são temas relevantes que nortearam as agendas de debates durante o G20, que aconteceu no Brasil em 2024 e que podem ser expandidos para os países presentes na Expo Osaka. Também incluem as diversidades racial e global. Além disso, esta proposta está alinhada com instituições brasileiras relevantes que trabalham direta ou indiretamente com a agenda de gênero, incluindo o Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Mulher, Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar e a Rede Feminina de Empreendedorismo Feminino, W20 e ONU Mulheres e está integrada a outros 4 temas para compor a realização da Semana Brasileira da Mulher, na Expo Osaka.

De acordo com o Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2025, do Fórum Econômico Mundial, vão levar 123 anos para se alcançar a paridade de gênero. Isso foi citado pela Diretora de Negócios da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Ana Paula Repezza. Ela disse que a ApexBrasil também mudou o posicionamento desde que instalou o Programa Mulheres e Negócios Internacionais, em 2023. Esse programa recebeu o prêmio WTPO Awards 2024 – Excellence in Export Development Initiatives, concedido pelo International Trade Centre (ITC) da Organização Mundial do Comercio (OMC). Também recebeu o Prêmio de Igualdade de Gênero no Comércio, concedido pela OMC, em 2025.

Esse programa faz capacitação e mentorias para que mais mulheres alcancem o comércio exterior. Na última turma, conforme Ana Paula, foram registradas 400 inscrições para 40 vagas. Novas turmas devem ser abertas. Além disso, o programa alterou o regulamento interno da ApexBrasil para sempre ter uma diretora mulher, licenças paternidade e maternidade com mais prazos, cursos de liderança feminina para os colaboradores, etc.

“Estudos e evidências mostram que empresa que exporta remunera melhor e emprega mais pessoas e são mais resilientes às crises. Além disso, a mulher com mais acesso à renda, investe no seu negócio e isso se transforma em benefício para a edução dos filhos, melhor alimentação e impacto internacional”, frisou.

Este evento concentra-se nos esforços globais para empoderar mulheres empreendedoras, com base em insights do W20 para o G20 para destacar políticas e práticas bem-sucedidas em todo o mundo. A moderadora Janaina Gama, Delegada W20, salientou que “estamos unidas em prol da equidade de gênero e juntas podemos mudar o mundo”. Ela é doutoranda em Políticas Públicas e Direitos Humanos pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e coautora do Aya Game, ferramenta de educação antirracista para organizações criada pelo HubMulher, e do curso Learning Pathway: Empoderando Lideranças Negras no Setor Público. Integra a delegação brasileira ao W20.

Ações
A executiva Andrea Scaldaferri é a primeira mulher a assumir cargo de gerente-geral do Banco do Brasil, em Shangai, na China. Ela destacou que uma das ações da instituição financeira é que 50% dos cargos de alta liderança serão ocupados por mulheres até 2030. O banco também tem o programa Mulheres no Topo pelo qual faz capacitação de pessoas no Brasil e já disponibilizou R$ 1,5 bilhão em investimentos. Ela revelou que 1,3 milhão de empresas são lideradas por mulheres dentro da carteira de clientes. Há, ainda, o Programa Primeira Exportação Mulheres no Mundo, com o apoio da ApexBrasil, reforçando o compromisso com o empreendedorismo.

Já Ayaka Matsuno, Program Director, The Sasakawa Peace Foundation (Japan), mostrou a importância de identificar fundos financeiros para dar suporte ao empreendedorismo feminino. Ela também destacou que a mulher japonesa dorme pouco e tem sete vezes mais dever de casa do que os homens. Ela trabalha na proteção dos direitos de mulheres, crianças e populações vulneráveis em países em desenvolvimento com o PNUD, a OIT e a JICA. Desde 2019, ela se juntou ao Fundo de Impacto para Mulheres da Ásia para utilizar doações para criar impacto social para mulheres e meninas por meio de atividades de investimento.

A Comissária-Geral para a Eslovênia, Sasha Leban, falou palavras de incentivo para o público composto em sua maioria por mulheres: “Podemos aprender tudo se temos interesse. Podemos ter ideias maravilhosas. Mas precisamos bater na porta ou estar preparada para atravessar essa porta e fazer sua oportunidade”. Ela tem mais de 25 anos de experiência combinada em empreendedorismo, negócios corporativos e internacionais, além de histórico comprovado no fomento de ecossistemas de negócios inclusivos e na mentoria de empresas lideradas por mulheres.

O evento aconteceu no dia 26 de agosto, no Pavilhão da Mulher, em colaboração com Cartier. O diálogo faz parte da programação da Semana da Mulher que se estende até o dia 30 com outros seminários.

Foto: Andri Magdych/ApexBrasil

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