Beisebol une Japão e EUA em 150 anos de história

Cooperstown, Nova York, Estados Unidos, 1º de agosto de 2025 — Associated Press – Uma nova exposição especial no National Baseball Hall of Fame and Museum, em Cooperstown, Nova York, mergulha na rica história de mais de 150 anos de intercâmbio no beisebol entre Japão e Estados Unidos, revelando o poder do esporte como elo cultural entre as duas nações.

Intitulada “Yakyu / Baseball: The Transpacific Exchange of the Game”, a mostra apresenta cerca de 50 peças que capturam momentos icônicos, figuras lendárias e gestos de amizade que marcaram gerações.

Logo na entrada, os visitantes se deparam com uma armadura de samurai — presente dado em 1988 por Shoriki Toru, então proprietário do Yomiuri Giants, a Peter O’Malley, ex-dono do Los Angeles Dodgers — como símbolo da aliança esportiva e diplomática entre os países.

“A exposição mostra como o beisebol se tornou uma ponte entre culturas, conectando jogadores, torcedores e valores ao longo de décadas”, destacou um dos curadores do museu.

Entre os destaques estão as luvas usadas por Ichiro Suzuki em 2004, quando quebrou o recorde de rebatidas em uma única temporada da Major League Baseball, com 262 acertos. Ichiro, ídolo japonês, foi homenageado neste ano com sua inclusão no Hall da Fama do Beisebol dos Estados Unidos — o primeiro jogador japonês a alcançar essa honra.

Também está em exibição o boné utilizado por Ohtani Shohei em sua estreia como arremessador nas grandes ligas em 2018. Ohtani, atualmente um dos atletas mais admirados do esporte mundial, representa a nova geração de estrelas japonesas nos Estados Unidos.

A história do beisebol no Japão começou em 1872, quando um professor norte-americano introduziu o jogo aos seus alunos. Desde então, a modalidade se consolidou como um dos esportes mais populares no arquipélago, nutrindo uma troca constante de talentos e valores com os EUA.

“Esses objetos contam uma história maior do que o esporte. Eles revelam respeito mútuo, persistência e paixão compartilhada”, comentou um visitante emocionado.

A exposição é mais que uma homenagem ao passado: é uma celebração da amizade e da continuidade do intercâmbio entre duas culturas que encontraram no beisebol uma linguagem comum. A mostra seguirá em cartaz nos próximos meses, aberta a todos os públicos.