Bangkok, Tailândia, 29 de agosto de 2025, Bangkok Post – A primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, foi destituída de seu cargo nesta sexta-feira (29) pela Corte Constitucional, que concluiu que ela violou padrões éticos ao lidar com disputas de fronteira com o Camboja.
A decisão abre caminho para que a Câmara Baixa escolha um novo chefe de governo em meio a tensões persistentes com Phnom Penh.
Paetongtarn, de 39 anos, enfrentava forte pressão política desde junho, quando veio a público a gravação de uma conversa telefônica entre ela e o presidente do Senado cambojano, Hun Sen. No diálogo, a então premiê aparentava adotar um tom conciliador em relação às reivindicações de Phnom Penh, ao mesmo tempo em que criticava um comandante do Exército tailandês.
“Eu aceito humildemente a decisão e reafirmo minha intenção de continuar trabalhando pelo meu país”, declarou Paetongtarn após o veredicto, insistindo que sua postura buscava o benefício nacional.
A petição para sua remoção havia sido apresentada por um grupo de senadores, resultando na suspensão de suas funções no mês passado. A decisão final desta sexta-feira (29) consolidou a queda da jovem líder, que havia assumido o cargo há apenas um ano, tornando-se a primeira-ministra mais jovem da história do país.
Filha do ex-líder Thaksin Shinawatra, Paetongtarn vinha tentando consolidar seu espaço político em um ambiente marcado por polarização e disputas de poder. Sua destituição reacende incertezas sobre a estabilidade política tailandesa e coloca o país diante de mais um processo de transição.
Agora, todas as atenções se voltam para o Parlamento, que terá de escolher o novo nome a ocupar a chefia do governo em meio às tensões diplomáticas com o Camboja e à crescente pressão social por estabilidade.
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