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Autor defende criatividade humana no livro “Human Is the New Vinyl”

Micah Voraritskul compara a resistência dos vinis à presença humana frente à era da IA

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Konan, Shiga, Japão – 20 de agosto de 2025 – Radio Shiga Japan – O autor norte-americano Micah Voraritskul lança o livro Human Is the New Vinyl, um manifesto sensível e realista sobre o papel insubstituível da criatividade humana diante da expansão da inteligência artificial.

O autor estabelece uma analogia poderosa: assim como o vinil ressurge no universo digital por sua conexão sensorial e imperfeita, a expressão humana — com suas falhas, emoções e presença — deve resistir à comodidade da IA.

“Vinyl asked something of you — your presence. And in return, it gives you something rare: a warm sound and tactile experience … Vinyl found its way in a digital world. So will we.” (“O vinil exigiu algo de você — sua presença. E, em troca, ele lhe dá algo raro: um som acolhedor e uma experiência tátil… O vinil encontrou seu lugar no mundo digital. Nós também encontraremos.”)

Micah lembra que, enquanto o vinil se adaptou sem desaparecer, a contribuição humana precisa encontrar seu lugar nesse novo contexto. Mesmo diante da inteligência artificial, a criatividade de fato deve evoluir, não ser substituída.

O autor ainda adverte que, embora a IA torne processos mais fáceis, essa facilidade pode levar à perda do que é duradouro e significativo: “AI isn’t evil. AI is easy … We trade what’s hard for what works. And risk what’s lasting for what’s easy.” (“A IA não é maligna. A IA é fácil… Trocamos o que é difícil pelo que funciona. E arriscamos o que é duradouro pelo que é fácil.”)

Como resposta prática a esses desafios, Voraritskul propõe o VerifiedHuman™, um conjunto de padrões de transparência e rastreabilidade que sinaliza quando uma obra foi concebida por pessoas, indicando etapas de criação, curadoria e edição. O objetivo é reconstruir a confiança entre criadores e público, num cenário em que produções automatizadas se tornam cada vez mais indistintas.

O autor sugere três pilares para orientar profissionais e organizações:

  • Transparência de processo: declarar quando, onde e como ferramentas de IA entram no fluxo de trabalho.
  • Autenticidade: valorizar a voz, o repertório e a intenção humana, preservando traços de estilo e contexto.
  • Responsabilidade: garantir atribuição adequada, evitar plágio algorítmico e respeitar direitos autorais.

A metáfora central do livro — o retorno do vinil em plena era do streaming — sustenta a tese de que a audiência continua a valorizar experiências com identidade, textura e imperfeição. Para Voraritskul, esse apreço pode e deve nortear decisões editoriais, educacionais e corporativas: do jornalismo à publicidade, da sala de aula ao estúdio.

Especialistas consultados destacam que padrões como o VerifiedHuman™ podem complementar iniciativas técnicas de marca d’água e metadados, ao colocar a intencionalidade humana no centro do debate sobre autoria. Também observam que a adoção de boas práticas pode diferenciar marcas, veículos e criadores num mercado saturado por conteúdo gerado por máquinas.

Próximos passos: a agenda proposta inclui guias de implementação setoriais, selos de conformidade e programas de formação para equipes criativas. A ambição, segundo o autor, é simples e desafiadora: tornar visível o trabalho humano — e, com isso, restaurar a confiança do público naquilo que lê, ouve e assiste.

O livro convida cada leitor — escritor, artista, educador, músico — a repensar seu papel criativo num momento em que a tecnologia redefine nossa identidade, reforçando que o valor humano é insubstituível.

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