Japonês condenado por espionagem na China

Pequim, China, 17 de julho de 2025, Xinhua News – Um tribunal em Pequim condenou nesta quarta-feira (16) um empresário japonês, na casa dos 60 anos, a três anos e seis meses de prisão por envolvimento em espionagem, segundo informações oficiais. O julgamento durou apenas 15 minutos.

O homem, funcionário de longa data da empresa farmacêutica japonesa Astellas Pharma, havia sido detido por autoridades chinesas de segurança em março de 2023, pouco antes de ser transferido de volta ao Japão.

O embaixador do Japão na China, Kanasugi Kenji, esteve presente no tribunal e classificou a sentença como “extremamente lamentável”.

Kanasugi relatou que o processo judicial não foi transparente e reafirmou que o governo japonês continuará pressionando pela libertação dos cidadãos japoneses ainda detidos em território chinês.

O diplomata revelou que encontrou o empresário após o julgamento e, embora ele tenha mantido uma postura calma, ainda avalia, junto ao seu advogado, se recorrerá da decisão.

Desde a promulgação da lei antiespionagem em 2014, a China já deteve 17 cidadãos japoneses sob acusação de espionagem, sendo que cinco, incluindo o executivo da Astellas Pharma, continuam sob custódia.

“É fundamental melhorar o sentimento público entre os dois países para que as relações bilaterais avancem”, destacou Kanasugi.

A empresa Astellas Pharma declarou estar ciente da condenação e afirmou que prestará total apoio ao funcionário, assegurando sua saúde e segurança. A companhia informou que tomará medidas apropriadas em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores do Japão e outras entidades relevantes.

O episódio adiciona mais tensão às relações diplomáticas entre Tóquio e Pequim, em um momento em que ambos os governos tentam, ao mesmo tempo, manter canais de diálogo abertos em meio a desconfianças mútuas.