Tokyo, Japão, 8 de julho de 2025, NHK – Os salários reais no Japão sofreram em maio a maior queda em quase dois anos, evidenciando que a inflação continua a corroer o poder de compra dos trabalhadores, apesar de aumentos salariais nominais.
Dados preliminares divulgados pelo Ministério do Trabalho mostram que, ajustados pela inflação, os salários caíram 2,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Trata-se da retração mais acentuada desde setembro de 2023 e do quinto mês consecutivo de queda.
O levantamento foi conduzido com cerca de 30 mil empresas em todo o país, cada uma com pelo menos cinco empregados.
Em termos nominais, o salário médio total — que inclui pagamento base e horas extras — foi de 300.141 ienes, o equivalente a cerca de 2.070 dólares. Isso representa um crescimento de 1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, marcando a 41ª alta consecutiva nesse índice.
O pagamento base médio foi de 268.177 ienes, ou aproximadamente 1.850 dólares, representando um aumento de 2,1% em relação a maio de 2024. Esta é a 43ª alta mensal seguida nessa categoria.
“Apesar do aumento nominal nos salários, a inflação elevada vem superando os ganhos, resultando em perdas reais para os trabalhadores”, apontou o relatório oficial.
O índice de preços ao consumidor permaneceu acima de 3% pelo sexto mês consecutivo em maio, refletindo pressões contínuas sobre o custo de vida. Mesmo com os esforços das empresas em reajustar salários, os aumentos ainda não são suficientes para acompanhar o ritmo da inflação.
Analistas observam que a persistente discrepância entre inflação e remuneração efetiva pode impactar negativamente o consumo interno, motor essencial para a economia japonesa.
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