Jerusalém, Distrito de Jerusalém, Israel, 10 de julho de 2025, Haaretz – O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu manifestou apoio a um plano apresentado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, para a construção de uma “cidade humanitária” no sul da Faixa de Gaza, onde toda a população do enclave palestino seria concentrada. A informação foi divulgada por uma fonte próxima ao gabinete do premiê, segundo o jornal israelense Haaretz.
A proposta, revelada na segunda-feira (8), prevê que o novo centro de reassentamento seja construído na cidade de Rafah — região severamente destruída pelos bombardeios e confrontos recentes — e que os residentes de Gaza sejam transferidos compulsoriamente para esse local.
Ainda de acordo com a publicação israelense, os habitantes não teriam permissão para deixar a cidade uma vez que ingressassem no território delimitado. A proposta levantou críticas de organizações internacionais e especialistas em direitos humanos.
A emissora americana CNN repercutiu a declaração de um advogado especializado em direitos internacionais que alertou que, se a medida for implantada em larga escala, poderá ser classificada como crime de guerra.
Enquanto isso, seguem em curso em Doha, no Catar, conversações indiretas entre representantes de Israel e do grupo Hamas na tentativa de estabelecer um cessar-fogo duradouro. Em paralelo, Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram em Washington pelo segundo dia consecutivo, aprofundando as discussões sobre segurança regional e estratégias conjuntas.
O plano da chamada “cidade humanitária” ainda não foi formalmente apresentado à comunidade internacional, mas já divide opiniões dentro de Israel e aumenta as tensões diplomáticas com diversos países do Oriente Médio e da Europa. A viabilidade humanitária e legal da proposta está sendo colocada em xeque por observadores internacionais.
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