Tokyo, Japão, 31 de julho de 2025, NHK – A taxa de adesão à licença-paternidade no Japão atingiu um marco histórico em 2024, com 40,5% dos trabalhadores homens de empresas privadas tirando licença para cuidar dos filhos recém-nascidos. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, que ouviu 6.300 empresas em outubro do ano passado — das quais 3.300 responderam.
O levantamento considerou homens cujas parceiras deram à luz entre outubro de 2022 e setembro de 2023. Segundo o relatório, mais de 4 em cada 10 desses trabalhadores iniciaram a licença-paternidade até 1º de outubro de 2023, o maior índice desde que a pesquisa começou a ser feita.
“Esse crescimento de 10,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior demonstra que as políticas de incentivo à participação masculina na criação dos filhos estão começando a dar resultado”, afirmaram representantes do ministério.
A taxa de licença entre as mulheres também subiu, chegando a 86,6%, um aumento de 2,5 pontos percentuais.
Desde a revisão da Lei de Licença para Cuidados Infantis e Familiares, há três anos, as empresas passaram a ser legalmente obrigadas a perguntar se seus funcionários desejam tirar licença ao notificarem gravidez ou nascimento.
Além disso, entrou em vigor um novo sistema que permite aos trabalhadores homens tirarem até quatro semanas de licença dentro das oito semanas após o parto.
“A difusão dessas novas normas e a mudança gradual na mentalidade empresarial podem explicar o aumento significativo nas licenças parentais masculinas”, destacaram especialistas do ministério.
O governo japonês estabeleceu metas ambiciosas: pretende elevar a adesão masculina à licença-paternidade para 50% até o fim de 2025 e alcançar 85% até 2030.
Essa mudança vem em meio a esforços do país para combater a queda na taxa de natalidade e promover maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, especialmente entre os homens, tradicionalmente menos presentes nos cuidados com os filhos no Japão.
O avanço é visto como um sinal positivo para a construção de uma sociedade mais igualitária e favorável à formação de famílias.
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