Tóquio, Província de Tokyo, Japão, 17 de julho de 2025, NHK – O governo japonês descartou medicamentos orais contra a COVID-19 suficientes para tratar cerca de 2,5 milhões de pessoas, após os remédios atingirem o prazo de validade. A decisão foi confirmada pelo Ministério da Saúde, que explicou os motivos por trás da medida.
Os medicamentos foram adquiridos com base em uma legislação especial de combate ao coronavírus. A compra envolveu três tipos de fármacos orais, destinados ao tratamento emergencial de aproximadamente 5,6 milhões de pessoas durante o auge da pandemia. Esses remédios foram distribuídos gratuitamente para hospitais e farmácias até maio de 2023, quando a COVID-19 foi oficialmente reclassificada para o mesmo nível da gripe comum.
Segundo as autoridades de saúde, foram descartados:
- PaxlovidPACK para cerca de 1,75 milhão de pessoas
- Lagevrio para cerca de 780 mil pessoas
Além disso, o ministério informou que o descarte de Xocova, suficiente para 1,77 milhão de pessoas, está previsto para ocorrer até o final de julho do próximo ano.
“O fornecimento gratuito em larga escala afetaria diretamente o mercado farmacêutico. Por isso, optamos pelo descarte, mesmo considerando outras possibilidades de uso”, declarou um representante do Ministério da Saúde.
O governo japonês justificou a compra emergencial como uma medida necessária, já que no início da pandemia havia escassez global de medicamentos eficazes contra o vírus. A estratégia visava garantir tratamento a todos que necessitassem, ainda que isso envolvesse estoques superiores à demanda final.
A eliminação dos medicamentos reacende o debate sobre gestão de estoques públicos em emergências sanitárias, especialmente diante da imprevisibilidade de surtos e da rápida evolução científica no enfrentamento de pandemias.
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