EUA suspendem oficialmente programas da USAID

Washington, Distrito de Columbia, Estados Unidos, 3 de julho de 2025, Associated Press – O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta terça-feira (1) a suspensão oficial de todos os programas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). A decisão já está em vigor a partir deste mês de julho.

A mudança foi comunicada por meio de um documento intitulado “Tornar a Ajuda Externa Grande Novamente”, no qual Rubio justificou o fim das operações ao afirmar que os objetivos de desenvolvimento raramente foram alcançados, e que, em muitos casos, as ações intensificaram a instabilidade e alimentaram o sentimento antiamericano.

“Objetivos de desenvolvimento raramente foram alcançados, a instabilidade frequentemente piorou, e o sentimento antiamericano apenas cresceu”, declarou Rubio.

A partir de agora, os programas de ajuda externa que estiverem alinhados às diretrizes da atual administração e que promovam interesses estratégicos dos Estados Unidos serão supervisionados diretamente pelo Departamento de Estado.

O documento também afirma que os programas remanescentes serão executados com “mais responsabilidade, estratégia e eficiência”, colocando fim à autonomia de décadas da USAID, uma das principais ferramentas diplomáticas e humanitárias do país.

A medida ocorre em meio a cortes de pessoal e reavaliação de políticas conduzidas pelo recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), instituído após a posse do presidente Donald Trump em janeiro.

A suspensão da USAID acende um alerta internacional sobre possíveis impactos na assistência humanitária em países em desenvolvimento, especialmente em regiões que dependem de apoio para saúde, segurança alimentar e combate à pobreza extrema.

Estima-se que os cortes possam representar, até 2030, um agravamento severo em indicadores de saúde pública global, colocando milhões de vidas em risco.

Organizações internacionais e analistas políticos vêm expressando preocupação com o esvaziamento de instituições multilaterais e a crescente centralização das decisões de ajuda externa em Washington, o que pode alterar significativamente o panorama da cooperação internacional nos próximos anos.