Pyongyang, Província de Pyongan do Sul, Coreia do Norte – 23 de julho de 2025, NHK World-Japan. – A Coreia do Norte deu início à construção de um terceiro destróier de nova classe, que, segundo a mídia estatal, terá capacidade para transportar mísseis balísticos e de cruzeiro. A embarcação de 5.000 toneladas está sendo construída em um estaleiro na cidade costeira de Nampho, no oeste do país.
A previsão é que o navio esteja concluído até 10 de outubro de 2026, data simbólica por marcar o aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que governa o país.
“O plano é construir dois destróieres por ano, iguais ou maiores do que este”, afirmou o líder norte-coreano Kim Jong Un em pronunciamento recente.
Este é o terceiro navio do mesmo tipo anunciado em 2025, em meio a uma crescente modernização da marinha norte-coreana. Os dois anteriores foram lançados neste ano, embora um deles tenha sofrido um incidente em maio, ao tombar parcialmente durante a cerimônia de lançamento, exigindo reparos antes de sua entrada em operação no mês seguinte.
Autoridades e analistas sul-coreanos apontam que os sistemas de defesa aérea e de mísseis embarcados nesses destróieres apresentam semelhanças tecnológicas com equipamentos russos, levantando suspeitas de que Moscou esteja fornecendo apoio militar e logístico em troca de munição ou envio de tropas por parte de Pyongyang.
“A cooperação entre Coreia do Norte e Rússia, caso confirmada, altera o equilíbrio estratégico regional”, alertou um especialista sul-coreano em segurança naval.
A intensificação dos projetos navais norte-coreanos ocorre num momento de tensão crescente na península coreana, com manobras militares conjuntas entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão e a intensificação da retórica bélica por parte de Pyongyang.
A comunidade internacional acompanha com atenção os próximos movimentos do regime norte-coreano, que segue priorizando investimentos militares estratégicos, apesar das sanções internacionais e pressões diplomáticas.
Com a construção do novo destróier, a Coreia do Norte reafirma sua ambição de ampliar sua presença marítima com poder de fogo estratégico, aumentando a complexidade do cenário geopolítico no leste da Ásia.
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