Canadá planeja nova reunião do G7 sobre a Ucrânia

Tóquio, Japão, 10 de julho de 2025, The Canadian Press – A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Anita Anand, declarou nesta quinta-feira (10) que os ministros do G7 planejam se reunir novamente ainda este ano em território canadense, com foco nas ações de apoio à soberania da Ucrânia frente à invasão russa.

Durante entrevista exclusiva em Tóquio, Anand afirmou que os detalhes do encontro estão sendo finalizados. O Canadá exerce a presidência rotativa do grupo das sete maiores economias democráticas do mundo em 2025.

“Os ministros devem garantir que o princípio da integridade territorial e o princípio da soberania sejam respeitados — e que a Ucrânia possa fazer suas escolhas de forma autônoma”, ressaltou a ministra.

A futura reunião dará continuidade ao encontro ministerial promovido por Anand em Haia, na Holanda, há duas semanas, durante a cúpula da OTAN. Apesar dos esforços diplomáticos, a cúpula de líderes do G7 realizada em junho terminou sem uma declaração conjunta sobre o conflito na Ucrânia.

O governo canadense tem manifestado a intenção de manter o tema ucraniano como prioridade em sua liderança no G7, diante do impasse político internacional e da escalada militar em curso no Leste Europeu.

Anita Anand também comentou sobre os impactos das medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atingem em cheio setores estratégicos do Canadá, como aço, alumínio e a indústria automobilística.

“Trabalhadores, empresas e famílias canadenses estão sentindo os efeitos viscerais dessas tarifas no dia a dia”, afirmou a chanceler.

Ela explicou que equipes canadenses estão empenhadas em negociar uma solução com Washington antes do prazo limite de 21 de julho, imposto pelo governo norte-americano.

Questionada sobre a recente sugestão de Trump de que o Canadá poderia se tornar o “51º estado dos Estados Unidos”, Anand respondeu de forma categórica:

“O Canadá jamais será o 51º estado. Ponto final.”

A declaração reafirma a postura firme do governo canadense frente à retórica americana e reforça a intenção de Ottawa em manter sua independência política e diplomática nas tratativas bilaterais.