Japão mantém avisos de tsunami após terremoto

Tokyo, Japão, 31 de julho de 2025 — NHK Japan – O alerta de tsunami que havia sido emitido para grande parte da costa do Pacífico no Japão foi rebaixado para um aviso de nível inferior, segundo informou a Agência Meteorológica do Japão na noite do dia (30). No entanto, autoridades mantêm o apelo para que a população permaneça em estado de alerta, especialmente nas áreas costeiras de Hokkaido até Okinawa.

Até as 17h de quarta-feira (30), mais de dois milhões de pessoas em 229 municípios haviam sido orientadas a evacuar para áreas seguras.

“Mesmo com o rebaixamento do alerta, o risco de danos ainda é real. As pessoas devem evitar a costa e continuar em locais elevados ou abrigos,” afirmou Kiyomoto Masashi, porta-voz da Agência Meteorológica do Japão.

O terremoto de magnitude 8,7 ocorreu na manhã de quarta-feira (30), ao largo da costa leste da Península de Kamchatka, na Rússia, provocando tsunamis com ondas de até 1,3 metro registrados em portos japoneses como Kuji (Iwate), Nemuro (Hokkaido) e Ishinomaki (Miyagi). Uma onda de 30 centímetros também foi observada no Porto de Yokohama, indicando a extensão do impacto pelas regiões de Tohoku e Kanto.

Com o risco ainda presente, o especialista Kiyomoto alertou que tsunamis podem se prolongar por mais de um dia após terremotos dessa magnitude, com ondas em ciclos de até uma hora. Ele lembrou que eventos sísmicos anteriores na mesma região, como o de novembro de 1952, causaram tsunamis devastadores tanto no Japão quanto no Havaí.

“Evitem sair dos locais seguros, mesmo com o calor. O perigo ainda não passou,” reforçou Kiyomoto.

A situação também afetou seriamente os transportes. Linhas ferroviárias como a Tokaido Line, Yokosuka Line e Shonan-Shinjuku Line tiveram serviços interrompidos. O Aeroporto de Sendai, no nordeste do Japão, fechou suas pistas e suspendeu todos os voos. Companhias aéreas pedem que os passageiros acompanhem as atualizações em seus sites.

A população é orientada a seguir acompanhando informações por rádio, smartphones e celulares, e seguir instruções de evacuação quando necessário. Abrigos municipais seguem disponíveis para quem precisar de segurança.