Tóquio, Japão, 12 de junho de 2025, Agência Kyodo – O Ministério das Finanças do Japão entregou à viúva de Akagi Toshio, funcionário envolvido no escândalo da venda de terreno estatal à escola Moritomo Gakuen, uma segunda remessa de documentos referentes ao caso. Akagi, que trabalhava em um escritório regional do ministério no oeste do Japão, tirou a própria vida em 2018 após ser forçado a falsificar documentos oficiais sobre a venda do terreno, que foi negociado com um grande desconto.
A viúva e seu advogado compareceram ao ministério nesta quarta-feira (11) para receber cerca de 9 mil páginas, incluindo e-mails profissionais, registros de recepção e anotações pessoais do ex-funcionário. Esses documentos cobrem o período entre a descoberta da venda com desconto e a falsificação dos papéis oficiais. Entre os materiais, há um caderno onde Akagi registrou conversas com a Comissão de Auditoria e outros assuntos internos.
A primeira remessa, entregue em abril, continha cerca de 2.200 páginas com registros de negociações entre o governo e a escola Moritomo Gakuen. O caso ganhou notoriedade em 2017, quando partidos da oposição levantaram suspeitas de influência política, já que a esposa do então primeiro-ministro Shinzo Abe havia sido nomeada diretora honorária da escola que seria construída no local.
Apesar da divulgação do chamado “arquivo Akagi” em 2021, detalhes sobre a falsificação dos documentos e as circunstâncias envolvendo a venda do terreno seguem pouco claros. A entrega dos novos documentos reacende as esperanças de esclarecimento e justiça para a família do servidor e para a sociedade japonesa.
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