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Tóquio diverge sobre diplomas de escolas internacionais

Diferença de critérios entre distritos da capital japonesa afeta reconhecimento de formandos

Tóquio, Província de Tóquio, Japão, 6 de junho de 2025, NHK – Uma investigação realizada pela emissora NHK revelou que os 23 distritos da capital japonesa adotam posições divergentes quanto ao reconhecimento de diplomas emitidos por escolas internacionais. Aproximadamente metade dos governos locais não considera que os formandos dessas instituições tenham cumprido o ensino obrigatório conforme as diretrizes curriculares nacionais.

As escolas internacionais no Japão operam com autonomia curricular, lecionando em inglês ou outros idiomas estrangeiros, o que as afasta dos padrões definidos pelo Ministério da Educação japonês.

Nos últimos anos, houve um aumento expressivo no número de crianças japonesas frequentando essas instituições, especialmente em áreas urbanas. Em Tóquio, esse número já ultrapassa 4.800 estudantes apenas entre os 23 distritos centrais.

A NHK apurou que 11 distritos, incluindo Minato, Meguro, Shibuya e Setagaya, não reconhecem a conclusão do ensino fundamental ou médio por alunos que estudaram exclusivamente em escolas internacionais.

“Não podemos conceder a esses estudantes o status de formados, a menos que também tenham frequentado escolas japonesas oficiais”, explicaram representantes desses distritos.

Por outro lado, os 12 distritos restantes, como Toshima, Suginami e Bunkyo, aceitam conceder o reconhecimento em casos específicos. Para isso, exigem, entre outros critérios, que o aluno tenha frequentado escolas mantidas pelo distrito e participado de entrevistas com diretores escolares.

Atualmente, o governo central ainda não reconhece muitas das escolas internacionais como instituições aptas a oferecer o ensino obrigatório nacional.

O Ministério da Educação defende que cabe aos conselhos locais e às escolas avaliarem individualmente os casos, considerando as particularidades de cada estudante.

“Fiquei surpreso ao saber que há tanta variação entre os distritos”, declarou o professor Eiichi Aoki, da Universidade de Tohoku, especialista em administração educacional.

Aoki destacou ainda que os moradores de Tóquio demonstram maior desconfiança no sistema público de ensino em comparação com outras regiões do país.

Segundo o professor, o governo central precisa assumir a responsabilidade de mapear o problema e estabelecer diretrizes claras para orientar as prefeituras na tomada de decisões.

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SourceNHK

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