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Paquistão e Talibã condenam bombardeios dos EUA ao Irã

Protestos em cidades paquistanesas e críticas oficiais marcam reação ao ataque dos EUA a instalações nucleares iranianas

Islamabad, Província de Islamabad, Paquistão, 24 de junho de 2025 — Associated Press of Pakistan – A recente ofensiva dos Estados Unidos contra três instalações nucleares no Irã gerou uma forte reação do Paquistão e do Talibã, com protestos populares e declarações de repúdio ao ataque aéreo. Milhares de manifestantes se reuniram no domingo (22) nas ruas de Karachi e Islamabad, denunciando as ações militares norte-americanas e criticando o que descreveram como “agressão contínua no Oriente Médio”, com destaque para o papel de Israel na escalada de tensões na região.

“A necessidade imperativa é preservar vidas civis e pôr fim ao conflito imediatamente”, declarou o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão em nota oficial.

A posição paquistanesa marca uma mudança significativa de tom em relação às declarações feitas no dia anterior, quando Islamabad havia elogiado o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, sugerindo inclusive sua nomeação ao Prêmio Nobel da Paz por sua atuação no recente cessar-fogo entre Paquistão e Índia.

O governo interino do Talibã, que atualmente controla o Afeganistão, também se posicionou contra os bombardeios dos EUA. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (23), o grupo islâmico acusou Washington de violar a soberania e a integridade territorial iranianas.

“Esses ataques representam uma clara transgressão da soberania do Irã e não podem ser justificados sob nenhuma perspectiva legal ou moral”, diz o comunicado do Talibã.

A resposta internacional aos bombardeios norte-americanos tem sido marcada por crescente preocupação. O ataque, que destruiu instalações em Natanz, Fordow e Isfahan — centros conhecidos do programa nuclear iraniano —, é considerado por muitos analistas um ponto de inflexão na já instável geopolítica do Oriente Médio.

Com a tensão aumentando, cresce também o risco de novos confrontos em uma região historicamente marcada por conflitos prolongados. O futuro da estabilidade regional dependerá das decisões diplomáticas dos próximos dias.

SourceNHK

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