Naypyidaw, Região de Mandalay, Mianmar – 28 de junho de 2025 – NHK – Três meses após um terremoto de magnitude 7,7 atingir a região central de Mianmar, milhares de sobreviventes ainda enfrentam dificuldades extremas, enquanto a atenção da comunidade internacional diminui diante da gravidade da situação humanitária.
Segundo autoridades locais, mais de 3.700 pessoas perderam a vida e outras 5.000 ficaram feridas. Regiões como Sagaing e Mandalay, próximas ao epicentro, permanecem entre as mais afetadas.
Titon Mitra, chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Mianmar, alertou para o abandono do tema por parte da comunidade global. Ele pediu apoio contínuo para que as vítimas possam reconstruir suas vidas.
“Essas 200 mil pessoas ainda estão deslocadas por causa do terremoto, e pelo menos 50 mil vivem em locais temporários. Embora muitas organizações tenham fornecido tendas, nem todos foram atendidos”, declarou Mitra.
Além do desafio humanitário, a retirada de escombros se tornou uma prioridade. Cerca de 1,5 milhão de toneladas de destroços, provenientes de casas e edifícios desabados, ainda precisam ser removidos para que as áreas possam iniciar o processo de reconstrução.
“Não chamo isso de crise esquecida, porque seus telespectadores sabem do que se trata, seus políticos sabem. Mas é uma crise negligenciada, infelizmente a atenção não está se mantendo”, disse Mitra, referindo-se à falta de engajamento internacional.
Enquanto o tempo avança e os recursos escasseiam, a preocupação com a sobrevivência e dignidade das vítimas aumenta. Mitra reforçou que o apoio externo continua sendo vital, principalmente diante das limitações da atual administração militar no país.
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