Japão e EUA discutem acordo comercial antes do G7

Tóquio, Província de Tóquio, Japão, 9 de junho de 2025 — NHK – O principal negociador tarifário do Japão, Akazawa Ryosei, retornou ao país após uma série de reuniões estratégicas com membros de alto escalão do governo dos Estados Unidos. Segundo ele, há expectativa de progresso nas conversas ministeriais, o que pode abrir espaço para um encontro entre os líderes das duas nações durante a cúpula do G7 no Canadá, prevista para a próxima semana.

Em Tóquio, Akazawa apresentou um relatório detalhado ao primeiro-ministro Shigeru Ishiba e ao secretário-chefe de gabinete Yoshimasa Hayashi. As conversas com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e outras autoridades abordaram a estratégia japonesa nas negociações comerciais, que envolvem temas como ampliação do comércio, barreiras não tarifárias e cooperação em segurança econômica.

“Recebi orientações claras do primeiro-ministro Ishiba sobre como conduzir os próximos passos das negociações”, declarou Akazawa.

De acordo com o negociador, os dois países têm buscado alinhar posições em temas sensíveis, com foco especial na proteção dos interesses nacionais do Japão. O governo japonês tem reafirmado que essa é sua prioridade inegociável, mesmo diante da pressão por um acordo mais amplo com os EUA.

“Estamos empenhados em encontrar um ponto de equilíbrio que favoreça tanto a segurança econômica quanto a expansão das trocas comerciais”, afirmou Akazawa.

Embora o clima nas reuniões tenha sido considerado construtivo, Akazawa reconheceu que ainda há obstáculos a superar antes que um acordo definitivo seja alcançado. O objetivo é que Ishiba e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possam discutir diretamente os pontos centrais durante o encontro do G7.

Com o cenário internacional em constante mudança e a crescente atenção ao Indo-Pacífico, o Japão busca consolidar sua posição como parceiro estratégico dos EUA, ao mesmo tempo em que reforça sua soberania econômica. As próximas conversas entre os dois países serão decisivas para determinar os rumos desse acordo.