Tóquio, Província de Tóquio, Japão — 21 de junho de 2025 — NHK – Após quase sete décadas sem alterações, o governo do Japão está prestes a modernizar as regras de romanização da língua japonesa. Um comitê da Agência de Assuntos Culturais apresentou um esboço que propõe a adoção do sistema Hepburn em substituição ao Kunrei, atualmente padronizado desde 1954.
O Japão utiliza dois métodos oficiais para expressar palavras japonesas no alfabeto romano — conhecidos como “romaji”: o sistema Kunrei e o Hepburn. O primeiro, designado como padrão pelo Gabinete japonês no pós-guerra, escreve por exemplo “ti” para o som ち, enquanto o Hepburn escreve “chi”, forma mais próxima da pronúncia inglesa e amplamente reconhecida por estrangeiros e pela população geral.
O documento destaca que, apesar do uso do Kunrei em materiais educacionais e documentos oficiais, o público japonês está muito mais familiarizado com a romanização Hepburn — amplamente utilizada em placas públicas, passaportes, plataformas digitais e manuais de turismo.
O governo japonês pretende alinhar suas políticas linguísticas às transformações sociais e à internacionalização crescente do país. A expectativa é que a recomendação final do comitê seja formalizada até o outono deste ano e que a promulgação da mudança ocorra ainda no atual ano fiscal.
Especialistas apontam que a possível adoção definitiva do sistema Hepburn poderá trazer maior clareza na comunicação internacional, além de beneficiar o aprendizado do idioma japonês por estrangeiros e facilitar a digitalização de nomes e termos.
Se confirmada, essa será a primeira grande atualização na forma oficial de romanizar o idioma japonês desde meados do século XX — um passo simbólico para um Japão mais conectado com o mundo.
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