Naha, Província de Okinawa, Japão, 25 de junho de 2025, NHK – Um fuzileiro naval dos Estados Unidos foi condenado a sete anos de prisão por tentativa de agressão sexual com lesão corporal em Okinawa, no sul do Japão. O caso reacende tensões locais envolvendo a presença militar americana na ilha.
O réu, Jamel Clayton, cabo de 22 anos, foi acusado de agredir fisicamente uma mulher em maio do ano passado na ilha principal de Okinawa. Segundo o processo, ele tentou estuprá-la após tê-la estrangulado e submetido a outras formas de violência.
Durante o julgamento, a promotoria solicitou uma pena de dez anos, mas a defesa contestou a confiabilidade do testemunho da vítima, argumentando que o acusado era inocente.
No Tribunal Distrital de Naha, o juiz Kazuhiko Obata considerou o depoimento da mulher altamente crível, ressaltando que os detalhes apresentados só poderiam ter origem em uma vivência real.
O juiz também classificou as ações do militar como extremamente cruéis e perigosas a ponto de poderem causar a morte.
Na época da prisão de Clayton, nem o governo japonês nem a polícia local informaram o governo da província de Okinawa sobre o caso. A omissão gerou críticas e levou à implementação, em julho do ano passado, de um novo sistema de notificação obrigatório. Desde então, as autoridades locais devem ser informadas sempre que militares americanos forem presos ou processados na região.
A presença de bases militares dos EUA em Okinawa tem sido tema sensível para os moradores, com recorrentes protestos contra crimes e comportamentos indevidos cometidos por soldados americanos. O caso deve intensificar o debate sobre a revisão de protocolos entre Japão e Estados Unidos.
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