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Uso de fórmula infantil cresce e supera amamentação no Japão

Pesquisa aponta queda de 27 pontos na amamentação exclusiva nos últimos dez anos no país

Tóquio, Japão, 14 de maio de 2025 — NHK – Uma nova pesquisa revela uma queda significativa na taxa de amamentação entre mães japonesas ao longo da última década. Segundo dados divulgados nesta data (14), em Tóquio, apenas 51% das mães de bebês com até cinco meses de idade afirmaram alimentar seus filhos exclusivamente ou principalmente com leite materno — uma queda de 27 pontos percentuais em comparação com os números de 2014.

A pesquisa, conduzida em outubro do ano passado pelo Smile Lactation Research Institute, grupo formado por especialistas e uma fabricante de produtos infantis, contou com a participação de cerca de 400 mães. Paralelamente, a proporção de mães que utilizam fórmula infantil de forma predominante subiu 12 pontos, alcançando 29%.

“O aumento de lares com dupla renda pode ter incentivado pais a assumirem parte da alimentação dos bebês com fórmula,” explicaram os especialistas envolvidos no estudo.

A pesquisa sugere que o retorno precoce ao trabalho também está entre os motivos que levam muitas mulheres a optarem pela fórmula, além de uma crescente aceitação social desse tipo de alimentação.

A professora Ichikawa Kaori, da Universidade de Ciências da Informação de Tóquio, que participou do levantamento, destacou que ambas as opções possuem méritos importantes.

“O leite em fórmula é nutricionalmente equilibrado e garante o desenvolvimento saudável do bebê, enquanto o leite materno possui benefícios imunológicos únicos,” afirmou Ichikawa.

Ela reforçou a importância de os pais avaliarem o estilo de vida e as necessidades familiares ao decidir sobre a alimentação infantil, e destacou que o mais importante é garantir que o bebê seja bem nutrido, independentemente do método escolhido.

A mudança no padrão de alimentação infantil no Japão reacende o debate sobre as políticas de apoio à maternidade, tempo de licença parental e a criação de ambientes mais favoráveis à amamentação no retorno ao trabalho.

SourceNHK

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