Trump não tem pressa por acordo com Japão

Tóquio, Província de Tóquio, Japão – 2 de maio de 2025 – NHK – Em entrevista concedida por telefone à emissora norte-americana NewsNation, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não está com pressa para concluir um acordo comercial com o Japão, nem com a Coreia do Sul ou a Índia. A declaração foi feita no contexto de questionamentos sobre quando o presidente pretende anunciar avanços nas negociações com esses países.

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“Estou com menos pressa do que você”, disse Trump ao entrevistador, completando: “Eles nos querem, nós não precisamos deles.”

A fala do presidente revela uma estratégia deliberada de adotar uma postura de distanciamento como forma de pressionar seus parceiros comerciais a oferecerem melhores condições para os EUA. A atitude é vista como uma manobra para obter vantagem nas mesas de negociação, especialmente diante de déficits comerciais persistentes com países asiáticos.

Segundo fontes ligadas às tratativas, Washington deseja que o Japão apresente propostas concretas que contribuam para a redução do déficit comercial norte-americano. Os Estados Unidos vêm pressionando Tóquio a abrir mais seu mercado para produtos e serviços americanos, principalmente nos setores automotivo e agrícola.

A fala de Trump também pode ter impacto direto nas expectativas do governo japonês, que vê no acordo com os EUA uma peça chave para estabilidade econômica em meio ao cenário global instável. No entanto, o tom adotado pelo presidente indica que ele pretende negociar com cautela e em seus próprios termos.

Em meio à disputa por acordos mais vantajosos, Trump reforça seu discurso nacionalista e sua tradicional retórica de força. Ao se referir à relação comercial com Japão, Coreia do Sul e Índia, o presidente tenta reafirmar a ideia de que os Estados Unidos devem ser desejados como parceiro, e não dependentes de acordos multilaterais.

As declarações foram amplamente repercutidas na imprensa internacional e devem influenciar o andamento das próximas rodadas de negociações, que envolvem temas sensíveis como tarifas, acesso a mercados e questões regulatórias.