Trump pressiona UE e Apple com novas tarifas

Washington, D.C., Estados Unidos – 25 de maio de 2025, Bloomberg – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que planeja impor tarifas de 50% sobre produtos vindos da União Europeia a partir de 1º de junho, além de uma taxa de 25% sobre os produtos da Apple, caso a empresa não retorne com sua produção ao território americano.

Trump fez as declarações por meio de sua conta na plataforma Truth Social e em entrevista coletiva à imprensa em Washington. Ele afirmou que as negociações com o bloco europeu estagnaram e criticou duramente o que considera práticas comerciais desleais.

“As conversas com a UE não avançaram. O déficit comercial é inaceitável, provocado por barreiras de importação, impostos sobre valor agregado e manipulação cambial”, declarou o presidente.

Segundo Trump, os Estados Unidos estão sendo sistematicamente prejudicados pelo bloco europeu e ele não tem mais interesse em buscar um acordo comercial com a União Europeia, revertendo a postura anterior de negociação.

Ainda segundo informações divulgadas pela mídia americana, líderes europeus haviam proposto um novo modelo comercial antes do anúncio de Trump, prevendo a redução gradual das tarifas sobre produtos agrícolas e industriais. A proposta, no entanto, foi ignorada pelo governo dos EUA.

Além das tensões com a Europa, o presidente voltou sua atenção à gigante de tecnologia Apple. Ele exige que a empresa fabrique seus iPhones nos Estados Unidos, sob ameaça de uma tarifa de 25%.

“A Apple deve fabricar seus iPhones aqui ou será penalizada. Os americanos merecem empregos, não apenas produtos importados”, disse Trump.

O CEO da Apple, Tim Cook, havia anunciado recentemente a transferência de parte da produção da China para a Índia como forma de evitar as tarifas já em vigor. No entanto, com a nova ameaça da Casa Branca, a empresa poderá enfrentar desafios ainda maiores para manter seus preços competitivos sem repassar os custos ao consumidor final.

As declarações de Trump provocaram preocupação entre economistas e empresários, que alertam para possíveis impactos negativos sobre cadeias globais de suprimentos e sobre as relações comerciais transatlânticas. Ainda assim, o presidente parece decidido a seguir com sua estratégia de proteção à indústria nacional como eixo de sua política econômica.