Trump diz que Putin não está pronto para encerrar guerra na Ucrânia

Washington, Distrito de Colúmbia, Estados Unidos, 23 de maio de 2025, Associated Press – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou a líderes europeus que o presidente russo, Vladimir Putin, não está pronto para encerrar a guerra na Ucrânia, pois acredita que está vencendo o conflito. A declaração foi feita durante uma ligação realizada na segunda-feira (19) com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o francês Emmanuel Macron e outros chefes de Estado europeus, após Trump conversar por telefone com Putin no mesmo dia.

Segundo relatos, Trump teria sinalizado que Washington pode reduzir seu papel como mediador entre Moscou e Kiev, sugerindo que cabe aos europeus e ucranianos buscarem uma solução para o impasse. Apesar de anteriormente ter prometido novas sanções contra a Rússia caso não houvesse avanço no cessar-fogo, Trump não anunciou medidas adicionais após a conversa com Putin.

“O tom e o espírito da conversa [com Putin] foram excelentes”, declarou Trump publicamente, mesmo reconhecendo a falta de acordo para um cessar-fogo imediato.

Putin, por sua vez, afirmou que a Rússia está disposta a trabalhar com a Ucrânia em um memorando sobre um possível tratado de paz. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que as negociações para esse documento estão em andamento e que Moscou prepara uma lista de condições para o cessar-fogo.

Analistas avaliam que, apesar do discurso positivo sobre futuras negociações, a Rússia demonstra intenção de manter a ofensiva militar enquanto apresenta disposição para dialogar sobre um cessar-fogo. O Vaticano deve sediar a próxima rodada de conversas de paz entre Rússia e Ucrânia em meados de junho.

O presidente Zelensky reiterou que a Ucrânia está pronta para um cessar-fogo completo e incondicional, mas alertou que sanções mais duras contra a Rússia seriam necessárias caso Moscou mantenha os ataques.

A expectativa é que as negociações avancem nas próximas semanas, embora persistam dúvidas sobre a real disposição do Kremlin em aceitar um acordo que encerre o conflito iniciado há mais de três anos.