Nova Délhi, Território da Capital Nacional, Índia, 12 de maio de 2025 – ANI – Apesar do anúncio de um cessar-fogo imediato feito no último sábado (10), a tensão entre Índia e Paquistão continua elevada. Ambos os países alegam violações da trégua logo após o acordo, embora nenhum confronto significativo tenha sido registrado neste domingo (11).
O impasse militar teve início após a Índia realizar um ataque com mísseis contra o território paquistanês na quarta-feira (7), alegando retaliação por um ataque terrorista ocorrido na região da Caxemira, sob controle indiano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o acordo de cessar-fogo em suas redes sociais no sábado, descrevendo-o como “total e imediato”. Os dois governos confirmaram, separadamente, a intenção de interromper os combates.
“Ambos os lados concordaram em parar com toda ação militar por terra, mar e ar”, declarou Trump.
No entanto, a permanência das forças armadas indianas e paquistanesas em estado de alerta máximo ao longo da linha de controle evidencia a fragilidade do pacto.
No domingo, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi reuniu-se de forma emergencial com autoridades de alto escalão, incluindo o ministro da Defesa, Rajnath Singh, e o comandante das Forças Armadas. A pauta teria sido a possível resposta da Índia diante da continuidade da instabilidade.
Do outro lado da fronteira, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão divulgou um comunicado agradecendo aos Estados Unidos por sua mediação no processo de paz.
“O Paquistão continuará trabalhando com os EUA e a comunidade internacional para promover a paz, a segurança e a prosperidade regional”, informou o documento.
Embora a ausência de novas ofensivas no domingo tenha sido vista como um sinal positivo, especialistas internacionais afirmam que o verdadeiro teste para o cessar-fogo será a capacidade de ambas as nações em manter a contenção nos próximos dias.
A região da Caxemira, disputada há décadas, continua sendo um dos pontos mais sensíveis da geopolítica asiática. O sucesso do cessar-fogo pode abrir caminho para futuras negociações diplomáticas — ou, em caso de fracasso, reacender um dos conflitos mais antigos da atualidade.
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