Rússia e Ucrânia encerram negociações diretas

Moscou, Oblast de Moscou, Rússia, 17 de maio de 2025 – TASS – Altos representantes da Rússia e da Ucrânia concluíram uma nova rodada de negociações diretas sobre um possível cessar-fogo no conflito que já se estende há mais de três anos. O encontro, realizado de forma presencial, marca a primeira reunião face a face entre os dois países desde março de 2022, poucas semanas após o início da invasão russa ao território ucraniano.

As tratativas foram intensas e ocorreram em local não divulgado, reunindo diplomatas e representantes militares de ambos os lados. Segundo veículos de imprensa russos, as conversas não resultaram em um acordo imediato, mas abriram possibilidades para futuras negociações.

“Foi um encontro necessário, ainda que difícil. A retomada do diálogo direto já é um passo importante”, afirmou um diplomata russo próximo às negociações.

A Ucrânia também reconheceu a importância do encontro, embora tenha reiterado que um cessar-fogo só será considerado viável caso a Rússia demonstre compromisso real com a retirada de tropas de áreas ocupadas. O governo ucraniano continua exigindo garantias internacionais para qualquer acordo.

“A paz é possível, mas precisa ser construída com base no respeito à soberania e à integridade territorial da Ucrânia”, declarou um representante do governo ucraniano.

Desde o início do conflito em fevereiro de 2022, milhares de vidas foram perdidas e milhões de pessoas foram deslocadas. O esforço diplomático para encontrar uma solução política tem sido intermitente, com poucas iniciativas produtivas nos últimos anos. A retomada de negociações presenciais é vista como um possível ponto de inflexão.

Especialistas em relações internacionais avaliam que, mesmo sem um acordo formal nesta fase, o diálogo direto pode preparar o terreno para avanços futuros. Os governos envolvidos, no entanto, não divulgaram detalhes sobre os próximos passos.

O cenário permanece instável, e a comunidade internacional acompanha com atenção o desenrolar dos eventos, pressionando por soluções diplomáticas para evitar a escalada de confrontos.