Putin e Xi se reúnem antes do Dia da Vitória

Moscou, Oblast de Moscou, Rússia – 8 de maio de 2025, TASS – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping, reuniram-se nesta quinta-feira (8) no Kremlin, em Moscou, em um encontro que reforça a aliança estratégica entre os dois países às vésperas do tradicional desfile do Dia da Vitória, comemorado anualmente em 9 de maio.

A visita de Xi foi organizada a convite de Putin, que buscou alinhar a presença do líder chinês com os eventos comemorativos da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A conversa entre os dois presidentes teve início pela manhã, no Palácio do Kremlin.

Putin destacou que os laços bilaterais entre Rússia e China foram moldados durante os tempos difíceis da guerra e que hoje se baseiam em princípios de igualdade e benefício mútuo. Segundo ele, a relação entre os dois países não é influenciada por pressões externas.

“As relações russo-chinesas são construídas sobre bases sólidas desde a Segunda Guerra, e hoje se desenvolvem de maneira independente e com respeito mútuo”, afirmou o presidente russo.

Xi Jinping, por sua vez, abordou o cenário internacional, descrevendo-o como marcado por práticas de unilateralismo e intimidação. Ele declarou que a China está disposta a cooperar com a Rússia na defesa firme dos interesses de ambos os países e das nações em desenvolvimento, com o objetivo de promover um mundo multipolar equilibrado e uma globalização econômica inclusiva.

Durante o encontro, espera-se que os líderes discutam estratégias para lidar com a postura dos Estados Unidos e também abordem a guerra na Ucrânia, que permanece um tema central nas relações internacionais atuais.

Xi Jinping participará nesta sexta-feira (9) da cerimônia oficial do Dia da Vitória na capital russa, incluindo o desfile militar que ocorrerá na Praça Vermelha — um dos eventos mais simbólicos do calendário russo.

A visita reafirma o alinhamento político entre Moscou e Pequim diante do crescente isolamento da Rússia no Ocidente e do fortalecimento de um eixo de poder alternativo ao modelo liderado pelos EUA.