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Família exige divulgação total de vídeo de morte em imigração no Japão

Parentes de cingalesa morta em Nagoya buscam transparência do governo japonês

Tóquio, Japão, 21 de maio de 2025, Kyodo News – A família de Wishma Sandamali, uma mulher do Sri Lanka que morreu sob custódia em um centro de detenção de imigração em Nagoya, voltou a acionar a Justiça japonesa para exigir a divulgação integral das imagens de vigilância gravadas durante o período em que ela esteve detida. Wishma faleceu em 6 de março de 2021, aos 33 anos, após reiteradas queixas de problemas de saúde não atendidas pela administração do centro.

Em 2022, a família já havia ingressado com uma ação judicial buscando reparação do Estado. Apenas cinco horas das 295 horas de gravação foram liberadas como prova. Em fevereiro, os familiares solicitaram formalmente ao escritório regional de imigração de Nagoya o acesso ao material completo, mas o pedido foi negado sob alegação de que as imagens contêm informações sensíveis de segurança e que a divulgação poderia prejudicar as operações do centro.

A nova ação foi protocolada no Tribunal Distrital de Tóquio na terça-feira (20), reforçando o apelo por transparência e justiça. Poornima, irmã de Wishma, afirmou que, após quatro anos, a família ainda não teve acesso total ao vídeo.

“O vídeo pertence à minha irmã e à nossa família, não ao Estado”, declarou Poornima, cobrando explicações e o direito de conhecer toda a verdade sobre as circunstâncias da morte.

O Escritório Regional de Imigração de Nagoya informou que irá analisar o processo e tomará as medidas cabíveis. O caso reacende o debate sobre direitos humanos e transparência nos centros de detenção de imigração no Japão, pressionando as autoridades a reverem práticas e políticas de custódia.

SourceNHK

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