Alemanha e Ucrânia produzem armas de longo alcance em conjunto

Berlim, Estado de Berlim, Alemanha, 29 de maio de 2025, Deutsche Welle – A Alemanha e a Ucrânia anunciaram um acordo histórico para a produção conjunta de armas de longo alcance, em resposta à intensificação dos ataques russos e à necessidade de fortalecer a defesa ucraniana. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa no dia (28), após reunião entre o chanceler alemão Friedrich Merz e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Os ministros da Defesa dos dois países assinaram uma carta de intenções que permitirá não só a fabricação conjunta, mas também a aquisição de sistemas de armas de longo alcance de produção ucraniana. O acordo prevê que a produção desses armamentos ocorra tanto em território ucraniano quanto alemão, marcando o início de uma nova era de colaboração militar-industrial entre as nações.

“Esta ação marca o início de uma nova era de colaboração militar-industrial entre Alemanha e Ucrânia”, afirmou Friedrich Merz.

O chanceler destacou que não haverá restrições de alcance para as armas produzidas, permitindo à Ucrânia se defender plenamente, inclusive contra alvos militares fora de seu território nacional. O pacote inclui ainda um novo auxílio militar de 5 bilhões de euros da Alemanha para a Ucrânia, com financiamento para projetos de armamento já em andamento.

O presidente Zelensky afirmou que toda pressão possível deve ser exercida sobre a Rússia, que vem rejeitando propostas de cessar-fogo e intensificando ataques a cidades ucranianas como Kiev.

“A recusa da Rússia em negociar e os ataques massivos a Kiev não falam a linguagem da paz, mas sim da agressão”, declarou Merz.

O Kremlin reagiu ao anúncio, classificando o acordo como “irresponsável” e um obstáculo aos esforços de paz. O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que tais ações dificultam negociações e a busca por um acordo político entre Moscou e Kiev.

O acordo entre Alemanha e Ucrânia ocorre em um momento de reconfiguração das alianças europeias e aumento da pressão internacional para que a Rússia aceite negociações de paz, enquanto os Estados Unidos sinalizam menor envolvimento direto no conflito.