Seul, província de Seul, Coreia do Sul, 15 de abril de 2025 – Yonhap News Agency – O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, declarou que a imposição da lei marcial em dezembro foi uma mensagem pacífica destinada à população. A declaração foi feita durante a primeira audiência de seu julgamento criminal realizada no tribunal distrital de Seul, no dia (14). Yoon negou todas as acusações de tentativa de insurreição.
O ex-mandatário é acusado de ordenar a mobilização de tropas ao Parlamento com o objetivo de prender legisladores sem mandados, buscando paralisar a Assembleia Nacional e minar a ordem democrática do país.
Yoon foi destituído oficialmente do cargo em 4 de abril, após a Corte Constitucional confirmar seu impeachment.
Durante a sessão, os promotores afirmaram que Yoon via a oposição política e parte da imprensa como forças antiestatais. Segundo eles, o ex-presidente começou a preparar o decreto de lei marcial em abril do ano passado. O plano teria como finalidade desativar o sistema partidário e impedir o funcionamento do Legislativo, em afronta direta à Constituição sul-coreana.
Yoon, por sua vez, alegou que orientou o Exército a não utilizar munição real e a evitar qualquer confronto com civis. Em sua defesa, reforçou que a medida foi pensada como uma forma de transmitir calma e controle, e não como uma ameaça ao povo.
A equipe de defesa do ex-presidente afirmou que ele nega todas as acusações e que pretende contestar os argumentos da promotoria ao longo do processo.
Na Coreia do Sul, liderar uma insurreição é um crime grave, passível de pena de morte ou prisão perpétua.