Imabari, Ehime, Japão, 7 de abril de 2025 – NHK – Neste domingo (6) completam-se duas semanas desde o início de um incêndio florestal na cidade de Imabari, província de Ehime, no oeste do Japão. Um especialista da Universidade de Ehime alertou para o risco elevado de deslizamentos de terra e fluxos de lama em decorrência das condições deixadas pelo fogo e da possibilidade de chuvas intensas.
O incêndio começou no dia 23 de março e só foi contido no nono dia. Aproximadamente 442 hectares de floresta foram destruídos pelas chamas. Em uma vistoria realizada este mês, o professor associado Kimura Takashi, da Escola de Pós-Graduação em Agricultura da Universidade de Ehime, encontrou encostas totalmente carbonizadas, com galhos e folhas consumidos pelo fogo e uma espessa camada de cinzas cobrindo o solo.
Segundo Kimura, a ausência da vegetação impede que a chuva seja absorvida gradualmente. Em vez disso, a água cai diretamente sobre o solo, onde a camada de cinzas — que chega a cerca de 3 centímetros em alguns pontos — dificulta a infiltração, favorecendo o acúmulo e o escoamento superficial da água, o que pode gerar deslizamentos e fluxos de detritos perigosos.
O especialista recomenda que as autoridades intensifiquem o monitoramento de encostas mais vulneráveis e alerta os moradores locais sobre a mudança drástica nas condições das montanhas. Ele reforça a importância de estar preparado para evacuar com antecedência em caso de chuvas fortes, mesmo que as áreas não tenham histórico de risco elevado anteriormente.
A preocupação aumenta com a chegada da temporada de chuvas no Japão, que pode colocar em risco comunidades próximas às áreas atingidas pelo incêndio.
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