Papa Francisco morre aos 88 anos no Vaticano

Cidade do Vaticano, Estado da Cidade do Vaticano, 22 de abril de 2025 – Agenzia Nazionale Stampa Associata – ANSA – O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (21), no Vaticano, aos 88 anos de idade. A informação foi confirmada pela Santa Sé, que declarou que o pontífice morreu pouco após as 7h30 da manhã, horário local. A causa da morte não foi revelada.

Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires, Argentina, em 1936, assumiu o papado em março de 2013, tornando-se o primeiro latino-americano e também o primeiro jesuíta a comandar a Igreja Católica. Sua eleição foi marcada por um forte simbolismo de renovação e simplicidade.

Desde o início de seu pontificado, Francisco defendeu causas sociais, promoveu o diálogo inter-religioso e pediu maior atenção aos pobres, imigrantes e refugiados. Com seu estilo acessível, cativou católicos e não católicos ao redor do mundo, quebrando protocolos e aproximando-se das pessoas comuns.

Ao longo de seu papado, Francisco fez constantes apelos por paz e justiça. Denunciou a desigualdade global, incentivou ações contra as mudanças climáticas e defendeu com veemência o fim dos conflitos armados. O pontífice se posicionou várias vezes sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia e pediu cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas, destacando a necessidade urgente de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Nos últimos anos, o Papa enfrentou vários problemas de saúde, incluindo hospitalizações por dificuldades respiratórias. Desde fevereiro (14), encontrava-se internado em Roma tratando de uma bronquite, o que o afastou parcialmente das atividades públicas.

Sua visita ao Japão em 2019 foi um marco: o Papa foi a Hiroshima e Nagasaki, onde condenou com firmeza as armas nucleares e encontrou sobreviventes dos bombardeios atômicos. Wada Masako, hibakusha e ativista pela paz, recordou com emoção o encontro com Francisco, dizendo que ele demonstrava profunda empatia e humanidade.

A notícia de sua morte gerou comoção entre líderes mundiais. Emmanuel Macron, presidente da França, lembrou da missão do Papa de levar alegria e esperança aos mais pobres. O chanceler alemão Olaf Scholz o descreveu como um defensor incansável dos mais frágeis. Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que se despede de um amigo, conselheiro e mestre espiritual.

O mundo se despede de uma figura histórica, cujo legado transcende fronteiras religiosas e políticas. Papa Francisco será lembrado como um líder espiritual comprometido com a paz, a justiça social e a dignidade humana.