Nagoya, Japão, 03 de abril de 2025, NHK News – A família de Wishma Sandamali, cidadã do Sri Lanka que morreu em um centro de detenção de imigração em Nagoya há quatro anos, está exigindo a divulgação completa das filmagens de segurança que registraram seus últimos momentos. Wishma, de 33 anos, estava detida por exceder o prazo de seu visto e faleceu em 6 de março de 2021 após relatar problemas de saúde.
Os familiares alegam que as autoridades falharam em fornecer cuidados médicos adequados quando sua condição se agravou e entraram com uma ação judicial buscando reparação do Estado. O governo japonês argumenta que exames médicos realizados não identificaram causas para o estado debilitado da mulher.
Das 295 horas de gravações disponíveis, apenas cerca de cinco horas foram entregues ao tribunal pelas autoridades. Em fevereiro, a família solicitou a liberação total das imagens ao Escritório Regional de Imigração de Nagoya, mas o pedido foi negado sob a justificativa de que a divulgação poderia comprometer os sistemas de segurança e a ordem pública.
Os familiares consideram essa decisão inaceitável e afirmam que o acesso completo às gravações é essencial para esclarecer os acontecimentos que levaram à morte. Eles planejam entrar com uma nova ação judicial já no próximo mês para reverter a decisão do governo.
O caso reacende debates sobre transparência e tratamento humanitário em centros de detenção no Japão, destacando a necessidade urgente de reformas nos procedimentos administrativos e na proteção dos direitos humanos.
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