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Discrepâncias surgem sobre método de tarifas recíprocas de Trump

Washington, Estados Unidos, 5 de abril de 2025 – Kyodo News – O método de cálculo das tarifas recíprocas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo questionado devido a discrepâncias nas explicações oferecidas por sua administração. Recentemente, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) divulgou um documento contendo a fórmula usada para determinar as tarifas, que inclui uma taxa baseada no déficit comercial e nos valores das importações. No entanto, essa explicação entra em desacordo com as declarações anteriores feitas pela Casa Branca.

O caso se intensificou após o anúncio, na quarta-feira (2), de que os EUA aplicariam uma tarifa base de 10% sobre todos os países. Além disso, seriam instituídas tarifas recíprocas sobre quase 60 países e regiões, incluindo o Japão, com uma tarifa de 24%.

De acordo com a Casa Branca, as tarifas efetivamente impostas por cada país seriam calculadas com base nas barreiras tarifárias e não tarifárias, bem como no déficit comercial. Em sua argumentação, afirmaram que o Japão impõe uma tarifa efetiva de 46% sobre os produtos norte-americanos.

No entanto, o USTR detalhou que a taxa efetiva é calculada com dados de importação e exportação do Censo dos Estados Unidos de 2024, dividindo o déficit comercial pelos valores das importações entre os EUA e um país ou região em particular. A fórmula inclui dois coeficientes multiplicados por um denominador, sendo que esses coeficientes foram previamente determinados, o que significa que o cálculo leva em consideração apenas o déficit comercial e os valores de importação.

O USTR justificou que calcular individualmente os efeitos do déficit comercial de dezenas de milhares de tarifas, políticas regulatórias, fiscais e outras em cada país seria um processo “complexo, senão impossível”.

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