Mandalay, Região de Mandalay, Mianmar, 11 de abril de 2025 (Japan Standard Time), Myanmar News Agency – Quase duas semanas após o terremoto de magnitude 7,7 que devastou o centro de Mianmar no dia 28 de março, os combates entre as forças militares e grupos pró-democracia continuam, mesmo com o anúncio de um cessar-fogo por ambas as partes.
Segundo os militares, o desastre natural causou mais de 3.600 mortes e deixou cerca de 5.000 pessoas feridas. Pelo menos 140 continuam desaparecidas. Em meio ao cenário de destruição e sofrimento, os confrontos seguem em várias regiões do país.
Grupos pró-democracia afirmam que, desde o anúncio da trégua na semana passada, a junta militar realizou mais de 90 ataques com artilharia e bombardeios aéreos. Muitos ocorreram próximos ao epicentro do terremoto, na região noroeste de Sagaing, onde pelo menos 72 pessoas teriam sido mortas.
A junta, por sua vez, declarou que algumas de suas bases e embarcações foram alvos de ataques por forças rebeldes, o que justificaria as ações militares em curso.
Enquanto isso, os esforços de ajuda humanitária enfrentam grandes desafios. Na quarta-feira (9), uma aeronave da Força Aérea de Autodefesa do Japão pousou em Mandalay, levando medicamentos e suprimentos de emergência. Mais de 30 profissionais de saúde japoneses montaram uma clínica improvisada para atender a população local.
A escassez de itens essenciais como água potável e remédios agrava a crise. A UNICEF alertou para o risco iminente de surtos de doenças infecciosas e apelou à comunidade internacional por apoio imediato às vítimas.
A situação em Mianmar segue crítica, com a população civil presa entre os escombros do terremoto e a continuidade de um conflito que parece longe de cessar.
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