Kiev, Ucrânia, 30 de março de 2025 — NHK – O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que vetou um acordo proposto pelos Estados Unidos que permitiria o acesso americano a recursos minerais estratégicos da Ucrânia. Zelensky justificou sua decisão afirmando que o acordo não incluía as “garantias de segurança” necessárias para proteger os interesses do país.
A proposta americana visava estabelecer uma parceria para a exploração de minerais como titânio, urânio e terras raras, recursos abundantes na Ucrânia e de grande interesse para a indústria tecnológica e de defesa dos EUA. Contudo, Zelensky destacou que não autorizou seus ministros a assinarem o acordo, pois, em sua avaliação, ele não assegurava a proteção adequada aos interesses ucranianos.
O presidente ucraniano enfatizou que qualquer acordo desse tipo deve estar vinculado a garantias de segurança concretas, especialmente em um momento em que a Ucrânia busca fortalecer sua posição geopolítica e assegurar sua soberania diante de ameaças externas. Zelensky reiterou a disposição de Kiev em estabelecer parcerias mutuamente benéficas, desde que incluam cláusulas que garantam a segurança e o desenvolvimento sustentável do país.
A recusa do acordo ocorre em um contexto de negociações complexas entre a Ucrânia e os Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, tem pressionado por um acordo que permita aos EUA acesso significativo aos recursos minerais ucranianos, argumentando que isso compensaria a assistência militar e financeira fornecida a Kiev nos últimos anos. Entretanto, Zelensky tem resistido a propostas que possam comprometer a soberania ou os interesses estratégicos da Ucrânia.
Observadores internacionais apontam que a decisão de Zelensky reflete a cautela do governo ucraniano em relação a acordos que possam ser desfavoráveis a longo prazo. A Ucrânia possui uma das maiores reservas de minerais estratégicos da Europa, e a gestão desses recursos é considerada vital para o futuro econômico e político do país.Folha de S.Paulo
As negociações entre Ucrânia e Estados Unidos devem continuar nos próximos meses, com a expectativa de que um novo acordo possa ser formulado, contemplando as exigências de segurança e os interesses econômicos de ambas as nações.
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