Erevan, Armênia, 27 de março de 2025 – Armenpress – O Parlamento da Armênia aprovou nesta quarta-feira (26) um projeto de lei que autoriza o início de negociações para ingresso do país na União Europeia. A decisão marca mais um passo no realinhamento geopolítico do país, que vem gradualmente se distanciando da esfera de influência russa.
O primeiro-ministro Nikol Pashinyan afirmou que a eventual adesão à UE deverá ser decidida através de referendo popular. A Armênia, que integra a União Econômica Eurasiática liderada pela Rússia, enfrenta agora um dilema estratégico, já que Moscou considera as duas filiações incompatíveis.
A tensão entre os antigos aliados aumentou após o conflito em Nagorno-Karabakh em 2023, quando a Armênia acusou a Rússia de não cumprir suas obrigações de segurança. O país chegou a sugerir que poderia deixar a aliança militar liderada por Moscou.
O vice-primeiro-ministro russo foi enfático ao declarar, através da agência TASS, que a Armênia não pode pertencer simultaneamente aos dois blocos econômicos. O posicionamento coloca o país caucasiano diante de uma escolha crucial para seu futuro geopolítico.
Analistas observam que o movimento em direção à UE reflete o descontentamento crescente da Armênia com a parceria tradicional com a Rússia, especialmente após a derrota militar para o Azerbaijão no ano passado. O processo de adesão, no entanto, promete ser longo e complexo, com negociações que podem levar anos.
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