Washington, D.C., Estados Unidos – 5 de fevereiro de 2025 – Associated Press – Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou uma proposta audaciosa para a Faixa de Gaza. Trump sugeriu que os EUA assumam o controle da região e promovam a realocação permanente dos cerca de 2 milhões de palestinos que ali residem para países vizinhos.
“Os EUA irão assumir o controle daquela área, desenvolvê-la e criar milhares e milhares de empregos. É algo de que o Oriente Médio vai se orgulhar muito”, afirmou Trump. Ele também mencionou que os Estados Unidos seriam responsáveis por desarmar bombas não detonadas e outras armas presentes no local.
Questionado sobre o envio de tropas americanas para Gaza, o presidente respondeu: “Faremos o que for necessário”.
A proposta inclui um plano de reconstrução de longo prazo para Gaza, com duração estimada de uma década, durante a qual novas habitações seriam construídas para os palestinos reassentados fora do território. No entanto, detalhes sobre como os EUA convenceriam os palestinos a deixarem voluntariamente suas casas não foram fornecidos.
A reação internacional foi mista. Países como Egito e Jordânia já rejeitaram os planos de Trump para reassentar os palestinos fora de Gaza, após o presidente dos EUA ter afirmado no mês passado que era hora de “limpar” o enclave. Líderes árabes expressaram preocupações de que tal movimento poderia desestabilizar ainda mais a região e minar os esforços de uma solução de dois Estados.
A proposta de Trump surge em meio a um cessar-fogo frágil entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O conflito recente resultou em destruição significativa na região, aumentando a urgência de soluções para a paz e reconstrução.
Analistas observam que a iniciativa representa uma mudança significativa na política externa dos EUA em relação ao conflito israel-palestino e pode ter implicações de longo alcance para a dinâmica do Oriente Médio.
O presidente Trump planeja discutir a proposta com outros líderes internacionais nas próximas semanas, buscando apoio para sua visão de uma Gaza reconstruída sob supervisão americana e uma nova era de estabilidade na região.
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