BERLIM, Alemanha, 25 de fevereiro de 2025 (The Times of Israel) – O vencedor das eleições alemãs, Friedrich Merz, prometeu garantir que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, possa visitar a Alemanha, apesar de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). A promessa foi feita nesta segunda-feira (24), em resposta às acusações de crimes de guerra atribuídas a Netanyahu, que enfrentam forte oposição de Israel e de Merz.
Em novembro de 2023, o TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusando-os de ter civis como alvo e do uso da fome como arma de guerra em Gaza. O governo israelense rejeitou as acusações, alegando que os mandados de prisão eram antissemitas.
Em sua declaração, Merz, que deve se tornar o novo chanceler da Alemanha após a vitória do bloco CDU/CSU nas eleições, afirmou em coletiva de imprensa que conversou com Netanyahu e garantiu que, caso o primeiro-ministro de Israel deseje viajar para a Alemanha, ele encontraria uma maneira de viabilizar a visita sem que Netanyahu fosse perseguido.
O convite de Merz gerou reações mistas na Alemanha. A esquerda do país, representada pelo partido “A Esquerda”, criticou a ação, acusando Merz de “dois pesos e duas medidas”. O co-líder do partido, Jan van Aken, afirmou que, se o mandado de prisão contra o presidente russo Vladimir Putin for cumprido na Alemanha, o mesmo deveria acontecer com Netanyahu.
O Tribunal Penal Internacional, em resposta aos comentários de Merz, afirmou que os países têm uma obrigação legal de cumprir suas decisões e que qualquer questão sobre a validade de seus mandados deve ser tratada com a corte de maneira adequada.
O governo alemão, por sua vez, evitou tomar uma posição definitiva sobre a execução do mandado contra Netanyahu, ressaltando a “grande responsabilidade da Alemanha para com Israel”, dada a história do Holocausto.
A situação envolvendo Netanyahu e o TPI ocorre em meio a um contexto de tensão política internacional, com os EUA também se posicionando contra as ações do TPI, impondo sanções à corte.
Enquanto Merz segue tentando formar uma coalizão para assumir o cargo de chanceler, a questão do mandado de prisão e do futuro de Netanyahu continua a ser um tema controverso no cenário político europeu.
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